Dia destes meia duzia de recrutas de Dom Pedrito resolveram sair da posição de sentido e entrar numa sem sentido, dançando uma versão funk do Hino Nacional. Nenhuma novidade, Jimmy Hendrix já fez isto de uma forma maravilhosa e, mais recentemente, tivemos Vanusa criando sua versão, digamos estranha, do nosso hino. Como dizia Elis, cada país tem o Frank Sinatra que merece.
Mas milico é milico. Outras regras. O Jabor até colocou no seu comentário alguns milicos americanos dançando, tentando justificar os recrutas de Dom Pedrito. Mas uma diferença. Os gringos não estavam dançando o hino americano. Acho que nunca vamos ver isto. Uma questão de respeito.
Voltando a Dom Pedrito. Se os meninos tivessem mantido a dança entre os segredos da caserna nenhum problema. Mas temos a internet. Quem resiste a postar no Youtube?
Como não temos nenhum outro assunto para discutir, Palocci e Código Florestal tem que sair da pauta, a dança dos milicos virou caso nacional. Todo mundo deu pitaco. Jornal Nacional, Jabor e milhares de twitteiros. Hoje na ZH o Túlio Milman, no Informe Especial, resolveu entrar na dança mas o fez com duas colocações subliminares muito interessantes.
"Antipatriótico... é cantá-lo de forma solene e correta enquanto se perseguem e matam adversários políticos". Tulio traz a revolução de 64 para o assunto chamando Lamarca e Marighella de adversários políticos e usa a velha explicação, se isto pode aquilo também pode.
Depois uma melhor ainda: "Se o Hino Nacional tivesse sido adaptado para uma ópera e dançado em ritmo de valsa a gritaria seria tão grande?" Ai Tulio coloca a culpa naselite.
A opinião do Cineman: Uma bobagem dos guris que não merecia nem um post de um blog tão simples como o do Cineman. Um ou dois dias de cadeia para os recurtas da fuzarca e encerramos o assunto.
Até a próxima postagem.
2 comentários:
Realmente, foi coisa de guri. E guri bobo, pois postaram na internet...
E não podemos esquecer que há - ou havia no governo anterior - uma versão batucada do hino na Voz do Brasil! Questão de aproximação do povão. Mais próximos que o funk?
Ops, lembrei que não é do hino, mas do Guarani. Bem, não é tão ofensivo, mas é de mau gosto também.
Postar um comentário