terça-feira, abril 21, 2009

RECONTAGEM ( RECOUNT)


O Cineman estava degustando um cappuccino e mantendo uma amigável discussão com seu filho e nora sobre o sistema democrático quando, em determinado ponto, resolveu citar os Estados Unidos como um exemplo a ser seguido. Os dois pularam e vieram com a eleição de 2000, a primeira do Senhor W.Bush. O Cineman foi pego no contra-pé, ele não se lembrava direito do que tinha acontecido na Flórida em 2000, pior, ele nem sabia o que realmente aconteceu. Argumentou que a lei tinha sido seguida e outras bobagens, e como o filho e a nora também não tinham muito mais informação do que ele, a discussão se encerrou e passou para futebol, que por sinal não tem nada de democrático - tese para outra postagem.
Poucos dias depois, eis que cai na mão do Cineman o filme RECONTAGEM, exatamente sobre a história da eleição de 2000, mais precisamente sobre a recontagem na Florida.
O filme é uma produção da HBO e tem Kevin Spacey no papel de Ron Klain, coordenador da equipe dos Democratas nas diversas batalhas jurídicas e estratégicas que se travaram na Flórida. Laura Dern no papel de Katherine Harris, Secretária de Estado da Flórida, responsável pelas decisões eleitorais, está inacreditável. Laura interpreta Katherine de uma forma tão histriônica que o Cineman correu para o PC e googlou Katherine Harris. Incrivel. A Laura Dern estava perfeita. Katherine é tudo aquilo que aparece no filme. Apesar do fim da história ser conhecido, o filme tem bastante suspense, o Cineman chegou a esperar que o Bush pudesse perder. Nos extras aparecen entrevistas com o verdadeiro Ron Klain e com Ben Ginsberg do lado Republicano. Parece que o filme expressa a realidade. Nenhum dos dois lados contestou. E foi uma solene sacanagem. A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos é inacreditável. Mas no fim, acho que o Cineman tinha razão. Com tudo isto o sistema sobreviveu. Sobreviveu a George W. e isto não é para qualquer um.
Absolutamente imperdível. Vejam os extras, também.

Um comentário:

PoPa disse...

Nada muda de verdade, se a democracia for forte como a americana. Vai sobreviver à Obama, também. Bem, teria sobrevivido à Al Gore, mas - com certeza - não seria tão interessante!