Assisti ontem o filme Click. Eu havia lido uma crítica de um dos meus gurus, Roger Ebert do Chicago Sun-Times, que o classificou como uma comédia apenas regular. Em função da crítica eu tinha decidido não comprar o filme dentro daquela política que eu já falei aqui. Mas acontece que as atendentes do Paris Cinema e Café, que tem muito mais contato direto com o público, me alertaram que muitos clientes estavam perguntando pelo filme. É onde eu mudo a minha política. Se o filme está sendo falado, tem alguma coisa por aí. Claro que comprei o filme e assisti logo que chegou. E, surpresa.. o filme é muito bom. Onde é que o meu guru Roger Ebert se perdeu? Eu acho que sei. Ele considerou e analisou o filme como uma comédia. Não é uma comédia. E porque os clientes estavam perguntando pelo filme? Pelo conceito. A idéia de ter um controle remoto da nossa vida é tentadora. Estamos enfrentando uma discussão em familia? Clica e tira o som. Um engarrafamento no trânsito? Avança um capítulo. A reunião está muito demorada? Clica para o avanço rápido. E o filme trabalha isto muito bem. Claro, o diretor Frank Coraci, amigo de Adam Sandler e parceiro dele em outros filmes que não me chamaram muito a atenção, faz um humor bem pesado em determinadas situações. Estou até com a impressão, e impressão reforçada pelos extras do DVD, que o Frank Coraci queria realmente apenas fazer uma comédia escrachada. Não conseguiu. Fez um excelente drama.
No filme o controle remoto não altera a realidade. Ele faz que o "controlador" do controle não passe por aquela situação. E faz isto como? A realidade continua inalterada. A janta em familia com todas suas discussões continua acontecendo mas o personagem fica em piloto automático. Ele não participa daquilo. Está apenas presente fisicamente e participando sem participar. Não vivencia a situação. A sua preocupação é o trabalho. A familia, mulher, pai, mãe, filhos terão sua atenção quando ele alcançar o sucesso que deseja. Ora, ora. Quantas vêzes acionamos o nosso piloto automático sem a necessidade de um controle mágico para nos concentrar em coisas que talvez não sejam as mais importantes. E quanto podemos perder fazendo isto.
Esta é a mensagem do filme. Não use o aquele controle remoto embutido lá no fundo do subconsciente. Viva a vida em toda a sua plenitude aproveitando os momentos bons, sofrendo nos momentos ruins. Isto é a vida.
Até a próxima postagem
No filme o controle remoto não altera a realidade. Ele faz que o "controlador" do controle não passe por aquela situação. E faz isto como? A realidade continua inalterada. A janta em familia com todas suas discussões continua acontecendo mas o personagem fica em piloto automático. Ele não participa daquilo. Está apenas presente fisicamente e participando sem participar. Não vivencia a situação. A sua preocupação é o trabalho. A familia, mulher, pai, mãe, filhos terão sua atenção quando ele alcançar o sucesso que deseja. Ora, ora. Quantas vêzes acionamos o nosso piloto automático sem a necessidade de um controle mágico para nos concentrar em coisas que talvez não sejam as mais importantes. E quanto podemos perder fazendo isto.
Esta é a mensagem do filme. Não use o aquele controle remoto embutido lá no fundo do subconsciente. Viva a vida em toda a sua plenitude aproveitando os momentos bons, sofrendo nos momentos ruins. Isto é a vida.
Até a próxima postagem
2 comentários:
O filme é muito bom. Tem razão não é uma comédia
A ZH fez um comentário sobre este filme na sexta feira passada e fez comparações com literatura de auto ajuda. Achei que foi injustiça com o filme até porque a "intelectualidade" despreza os livros de auto ajuda mas adora A Arte da Guerra.
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