TUDO O QUE O CÉU PERMITE - (ALL THAT HEAVEN ALLOWS)

Esta semana assisti - Tudo o que o Céu Permite - filme de Douglas Sirk, com Rock Hudson e Jane Wyman nos papéis principais. O filme foi lançado em 1955 e, para a época, tratou de alguns pontos que o cinema americano fugia descaradamente. Em resumo Cary Scott é uma viuva com dois filhos, vivendo sua vida social de classe média alta numa cidade da Nova Inglaterra, ou seja, o centro do conservadorismo. Os filhos não moram mais com Cary mas vem visitá-la nos finais de semana. Estão agindo diretamente para que sua mãe case com o solteirão local. Segundo o filho de Cary, o tal solteirão é um par perfeito porque está consciente que o sexo nesta idade é uma coisa ridícula. Mas Cary pelo jeito não concorda com isto e acaba se envolvendo com seu jardineiro, Ron Kirby (Rock Hudson), e ai a situação complica. Ron é muito mais jovem e não segue nenhum dos valores da sociedade local. A rejeição é total. O drama de Cary que nesta altura está apaixonada por Ron é o clássico To be or not to be.

A diferença de valores é o outro ponto que Douglas trata, alfinetando o consumismo e o american way of life.
O filme tem algumas mensagens subliminares que eu deixo para vocês.
Paisagens muito bonitas, principalmente do outono da Nova Inglaterra, com cores fortissimas, características dos filmes de Sirk. Um pouco lento para os padrões de hoje mas perfeitamente suportável.
Jane Wyman, quando fez o filme, havia há pouco casado com Ronald Reagan