sábado, fevereiro 26, 2011

UM DIA DE FURIA

Foi o que aconteceu em Porto Alegre na noite de ontem. Sexta feira, entre 19 e 20 horas, alguém voltando para casa no final de uma semana de trabalho, encontra seu caminho, uma das principais saidas do centro da cidade, bloqueado por uma enorme quantidade de bicicletas. Era uma manifestação, chamada Massa Crítica, contra os "meios mais estabelecidos de transporte urbano". Diga-se que a manifestação, segundo o diretor da Empresa Pública de Transportes e Circulação - EPTC, era ilegal pois não tinha a necessária licença para este tipo de ação. O motorista discutiu com os ciclistas, palavrão para cá, palavrão para lá, e ele atingiu seu "dia de fúria", acelerou e derrubou tudo o que tinha pela frente, ou seja, duas fileiras de ciclistas que ficaram estirados, atônitos, na rua José do Patrocínio. Por sorte não houve mortes.
A idéia básica do movimento é de confraternização com os motoristas para obter seu apoio. Uma corrente, no entanto, busca o confronto. Não sei qual a orientação dos líderes do movimento em Porto Alegre, espero que seja a primeira e as próximas mobilizações sejam mais cuidadosas para evitar o "dia de fúria" de algum outro motorista.
A palavra final do diretor do EPTC é uma preciosidade:
"- Não é uma ocorrência normal de trânsito"
Até a próxima postagem

2 comentários:

nedelande disse...

Vi todos os videos disponíveis no YouTube sobre o fato. Um deles é impressionante, quando o carro passa em velocidade levantando os ciclistas que estão pela frente. Uma outra imagem de cima não tem o mesmo impacto, mas dá uma idéia melhor do que aconteceu. Infelizmente a imagem está cortada e não mostra desde o inicio o que pode ter motivado a fúria do motorista. A alegação do motorista vai ser certamente defesa própria embora não exista, nas imagens conhecidas, nenhuma que sustente ou contradiga este argumento. Uma parcela de culpa tem que ser atribuida ao EPTC, que sabendo que esta manifestação existe todas as últimas sextas feiras do mês, não pode se eximir do seu acompanhamento mesmo que não tenha sido solicitada autorização. Acredito que a partir deste trágico acontecimento isto vai passar a ocorrer.

Anônimo disse...

No Jornal Nacional de hoje surgiu uma testemunha com outra versão. O dono do carro teria sido ameaçado pelo grupo que compunha a última linha de ciclistas. Segundo a testemunha se o motorista não fugisse teria sido linchado.