quarta-feira, julho 30, 2008

A VIOLÊNCIA E O ECONOMISTA CLANDESTINO

O CINEMAN estava lendo O ANIMAL MORAL, que vou comentar qualquer dia, quando recebeu um telefonema do Economista Clandestino.
-Você tá bem?
- Tudo bem, e tu?
- Leu a ZH de hoje? A reportagem sobre a distribuição dos efetivos policiais nas cidades gauchas? (o Economista fala assim)
- Li sim. Achei muito interessante. O governo colocou menos policiais nas cidades mais violentas e mais policiais nas cidades mais tranquilas. Um absurdo.
- É aquilo que eu já te expliquei várias vezes. Nem sempre a primeira leitura é a correta. Temos que investigar as verdadeiras causas.
- Sim, mas no caso me parece que é cristalina a interpretação da reportagem.
- Errado. Já pensastes que talvez as tais cidades, pretensamente protegidas, tenham menos crimes justamente por terem um maior efetivo policial?
- Bem pensado. Quer dizer, se tirarem os policias das cidades tranquilas e passarem para as de faroeste, o crime vai aumentar nas primeiras e diminuir nas últimas, não é o que estás pensando?
-Exatamente. E a ZH vai poder fazer a mesma reportagem apenas trocando os nomes das cidades. Até outro dia.
E assim encerrou, com a rapidez de sempre, a minha conversa com o Economista - voltei a leitura do ANIMAL MORAL.
Até a próxima postagem.

2 comentários:

Carlos Silva disse...

Dá para ficar pensando duas coisas: ou o jornalista é burro ou foi "orientado" para fazer este tipo de reportagem!

Anônimo disse...

Os políticos e, infelizmente, alguns jornalistas, tem sempre uma agenda escondida que tentam nos aplicar. Esta da estatística foi uma.