quarta-feira, junho 25, 2008

CAVEIRAS E OUTRAS ASSOMBRAÇÕES


Nas segundas feiras o Cineman se reune com dois amigos de infância. Todos pelotenses e todos Xavantes. O Professor, o Jornalista e o Cineman. A bebida tema é quase sempre a "marguerita" feita com algumas limas orgânicas que o Professor traz do seu sitio em São Chico. A nova lei vai nos obrigar a alterar a carta de bebidas. Sai a marguerita e entra a coca-cola. Do ponto de vista medico vai haver uma perda. O alcool, em doses moderadas, está provado, faz bem ao coração. Mas, diferente do que pensam os nossos políticos e companhia, leis são para serem respeitadas. Coca-cola, portanto. Mas vamos as caveiras. O Professor, no último encontro, contou uma história muito interessante. Quando o pai do Professor estava lá pelos dezesseis anos, filho de colonos do interior de Pelotas, tinha como uma de suas tarefas trazer para a cidade, de carroça, a produção que iria ser vendida na feira ou entregue nos "secos e molhados". A viagem era feita de madrugada para chegar em Pelotas ao raiar do dia. Ainda muito escuro ele passava por um cemitério e era assustador. No alto do muro sempre haviam macabras caveiras que acenavam para ele como que chamando-o. A carroça se transformava numa Ferrari. Um dia ele resolveu acabar com aquilo. Desceu da carroça e, decididamente, foi em direção as sinistras caveiras. O medo era enorme mas ele não desistiu. Foi em frente até o pé do muro. As caveiras não passavam de galhos de arvores balançando ao vento que, com o luz do luar, assumiam aquelas formas assustadoras. A lição do pai do Professor. " - Quando tiveres problemas insolúveis, enfrenta. Vais ver que, de perto, nunca são tão assustadores assim."
Até a próxima postagem

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