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Pois tirei dez dias de férias. Na pesquisa por um local saquei fora qualquer um no qual eu precisasse enfrentar aeroportos desorganizados, empresas de aviação incompetentes e reguladoras mais ainda. E não estava disposto a dirigir em estradas muito tensas, esburacadas e cheias de pardais traiçoeiros (Aquelas em que o limite é 80 km, ai baixa para 60 km e tem um pardal). O resultado da pesquisa acabou me levando para Punta Del Este. E o Cineman levou junto o Economista Clandestino. No supermercado de Punta, a Tenda Inglesa, o Cineman, na persona do Economista Clandestino, observou que para comprar bananas é só fechar os olhos e apanhar qualquer cacho do expositor. Tem algumas oriundas do Brasil mas a maioria é do Equador. O Economista Clandestino lembrou que em qualquer supermercado do Rio Grande do Sul o cliente fica uma hora na prateleira das bananas para escolher um cacho que seja apenas razoável e que isto pode estar ligado ao que se chama-Abertura de Mercado. No Brasil só tem banana brasileira. No Uruguai eles compram de qualquer lugar. A banana que vem do Equador é de primeirissima qualidade e a brasileira que quiser competir com ela no supermercado de Punta tem que ser de primeira qualidade também. Então a banana que vai para fora do Brasil é a boa. Como não existe competição com produto de qualidade de fora do país o que nos sobra são aquelas bananas que vemos no supermercado. Mas porque não vem produto de fora? Porque precisamos proteger o produtor nacional e dar-lhe condições de continuar incompetente. E continuamos a gritar junto com ele contra a globalização. Outra coisa que o Economista me chamou a atenção na Tenda Inglesa foi para o balcão dos queijos, salames e companhia. Muita gente comprando. Uma fila enorme? Não. O cliente retira um ticket numerado e continua comprando até ouvir que chamaram o seu ticket. Espertos eles. Mais tempo para comprar. Na visão do cliente "-não estou perdendo tempo". O Economista ainda mostrou outras coisas que vou guardar para as próximas postagens. O Ecomista também me falou. "-Cineman, é melhor manter uma regularidade maior de postagens com textos menores do que fazer textos muito extensos uma vez por semana ou de dez em dez dias"
4 comentários:
Punta, realmente, é outro mundo. E, em março, já não tem os deslumbrados emergentes, restando o charme do local. Mas o Economista tem a mesma idéia do PoPa: textos pequenos e mais frequentes são melhores para os leitores.
Uma coisa que me impressionou foi a absoluta ausência de mendigos e meninos de rua. Imagina que não tem ninguem nas sinaleiras jogando bolinhas pra cima. Como é que eles conseguem isto? Me lembrei do Lacerda na antiga Guanabara - começaram a diminuir os mendigos nas ruas e a esquerda da época (eu junto) tinha absoluta certeza que a metodologia para reduzir o número de mendigos era simplesmente jogá-los no Guandu.
Percebestes algumas camionetas brancas em locais estratégicos, com pessoas dentro? Fazem parte de uma milícia (acho que privada, pois não têm uniformes) que mantém a península em ordem, sem grande alarde.
Sobre os mendigos de Lacerda, lembro da história, mas não lembro de que tenham achado dezenas de corpos no rio...
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