segunda-feira, julho 16, 2007

AINDA DEADWOOD


Que quarta que nada. Virei o domingo e assisti toda a temporada. Hoje, segunda feira Deadwood já está no Paris Cinema e Café. A minha previsão na postagem anterior estava correta. A terceira temporada é excelente. A exemplo de Familia Soprano, Deadwood foi ficando mais crua de ano para ano atingindo o ápice nesta temporada. A civilização definitivamente chegou ao velho oeste. Estamos no meio de uma disputada eleição para prefeito e xerife. Mas se engana quem acha que a civilização trouxe..civilização, ao contrário do que se poderia imaginar, trouxe mais conflitos e mais violência do que antes. Agora existe uma declarada luta pelo poder. Um novo personagem chega a cidade representando o poder econômico. As duas forças conflitantes das temporadas anteriores, o xerife e o dono do bordel, são obrigados a estabelecer alianças estratégicas para sobreviver. Deadwood tem uma coisa que eu gosto muito. Não tem absolutamente nenhuma preocupação com o politicamente correto. A censura não barrou Deadwood de tentar transmitir a sexualidade brutal e o linguajar profano, ofensivo e racista de uma cidade em formação na beira da civilização. Mas o linguajar profano, sim, rude, sim, tem tanta poesia que é evidente que o autor buscou sua inspiração em Shakespeare. É no linguajar que está uma das maiores qualidades da série. Esta série obviamente não poderia ser produzida no Brasil, frente a censura explicita disfarçada no politicamente correto. Aliás, graças ao fato de não ser uma série muito badalada, é que Deadwood ainda não foi descoberta por este pessoal e podemos nos deleitar com toda sua realidade. Infelizmente já se sabe que, principalmente por ser de produção muito cara, esta foi sua última temporada. Aproveitem. Recomendo para quem gosta e quem não gosta de western. Alô pessoal da água com açúcar "- Fiquem longe".

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