Não é porque eu gosto de um bom vinho que eu vou deixar de gostar de Coca-Cola. No post anterior falamos do vinho - L´Albero degli Zoccoli - vamos falar agora de Coca-Cola - nada mais cocacola do que a série 24 Horas. Eu acho 24 horas uma das séries de ação mais geniais que já foram feitas. Quando eu recebo o DVD normalmente vejo em duas, no máximo três sessões. Eu estou acompanhando agora a sexta temporada no padrão normal - um capítulo por semana. Uma das maravilhas da Internet - o capítulo passa nos Estados Unidos na segunda feira à noite e por volta das 23 horas já está nos sites de download. Na manhã seguinte, graças a esta outra maravilha que é a banda larga, eu já estou assistindo o capítulo. Se quiser ver legendado tenho que esperar um pouco mais. Só um parenteses para a legenda - os loucos tradutores dividem o capítulo em partes de dez ou quinze minutos e cada um se encarrega de traduzir e legendar a sua parte. Depois o coordenador de legendas junta tudo e publica. Na terça a noite já da para ver o capitulo de segunda legendado. A turma é meio preguiçosa porque se eles trabalhassem a noite já poderiamos ter o capítulo legendado na terça pela manhã.
Todo mundo conhece a série que tem como característica principal ser realizada em tempo real, as 24 horas do título. Jack Bauer é um personagem marcante que conseguiu ultrapassar em carisma até o mezozóico James Bond. Minha neta de doze anos me contou uma piada sobre como o bicho papão faz o bichinho papão dormir - "- dorme logo senão o Jack Bauer vem te pegar". Mas Jack Bauer padece de um tipo de problema que este tipo de personagen tem, tanto na ficção como na vida real. Ele coloca a missão acima de tudo. Tem seus próprios conceitos do que deve ou não deve ser feito. E isto normalmente guarda muito pouca relação com o que pensam seus superiores. Não me lembro de nenhum capítulo em que ele tenha participado de uma das reuniões de imersão que a CTU, o orgão de contra terrorismo em que ele trabalha, costuma as vezes fazer. Enquanto a reunião acontece Jack Bauer já está correndo atras de um pista ou de um bandido. E Jack Buer normalmente está certo. Apesar de ter seus liderados dentro da CTU, que o respeitam e acreditam nele, Jack Bauer não debate com eles, não troca idéias, ele só comunica o que vai fazer, quando comunica. Os superiores de Jack Bauer, onde está incluido o presidente dos Estados Unidos, não gostam muito desta forma de agir. Consideram insubordinação, independente dos resultados alcançados ou principalmente por causa dos resultados alcançados. Mas Jack Bauer continua. Como eu disse já está na sexta temporada e não está parando por ai. Mas isto é ficção, na vida real é diferente. Independente dos resultados se você feriu a vaidade dos mais antigos, do grupo dominante, do superior, você está ferrado.
Até a próxima postagem
PROMO DA SEXTA TEMPORADA
6 comentários:
Apenas para que os visitantes do blog que não sejam gaúchos entendam a trilha sonora, muito bem aplicada pelo Cineman: "não me perguntes onde fica o Alegrete" é um dos bordões preferidos da tia governadora. Agora, ela deve estar completamente perdida pela BR290, sem achar o caminho... depois de mandar seu Jack para casa, as coisas complicaram um pouco na Casa Branca (ops, Piratini).
Ei, agora eu entendi. Se não fosse o comentário do PobrePampa eu não tinha sacado. As relações sutis que o Cineman faz desta vez tem a ver com o ex-secretário de segurança que provocou enorme inveja nas hostes governistas. A governadora sem seu Jack Bauer tem o que para apresentar? Atraso nos salários. Ameaça de aumento de impostos. Aumento de diretorias nos bancos estaduais. Vamos dar mais cem dias.
24 Abril, 2007 21:34
Postar um comentário