quinta-feira, março 10, 2011

ECONOMISTA ACIDENTAL E AS BICICLETAS

Recebi mais um email do Economista Acidental que está em viagem de férias na Libia com algumas recomendações sobre o debate das ciclovias. Destaco abaixo algumas idéias básicas do meu guru econômico.

- Primeiro é necessário separar o uso das bicicletas. A dificuldade em qualquer ação é que a bicicleta tem dois usos principais que não podem ser tratados como se fossem uma coisa só. Então deve existir uma legislação para bicicleta meio de transporte e outra para bicicleta diversão/esporte.

- Bicicleta transporte deve ser tratada com legislação similar a de motos e carros. Emplacamento, carteira de ciclista, treinamento obrigatório etc... Esta bicicleta pode circular em via pública.
- Bicicleta diversão/esporte não precisa emplacamento, não há necessidade de carteira de ciclista, treinamento etc..., mas não pode circular em via pública, apenas em ciclovias e lugares que não ofereçam riscos (praças, vias bloqueadas etc...)

Segundo ponto - As ciclovias, pelo seu investimento e pela redução que trarão ao espaço de movimentação de carros (já bastante conturbado), devem priorizar a bicicleta transporte e, mais ainda, a bicicleta transporte do trabalhador. Para isto é necessário fazer um levantamento das necessidades existentes. Não é um trabalho fácil mas será bem mais barato do que fazer ciclovias sem planejamento. Determinar as regiões de moradias de trabalhadores e as regiões onde os mesmos trabalham, traçar os melhores caminhos, prejudicar o mínimo possível a movimentação atual de carros etc...

Terceiro ponto - Considerando que os trabalhadores, pelo menos os com carteira assinada, recebem vale transporte, possivelmente seja muito mais vantajoso investir num melhor sistema de transporte urbano.

Foram estes os principais comentários do Economista Acidental. Espero que ele tenha uma boa estada na Líbia e retorne logo.

2 comentários:

PoPa disse...

O EA fez uma curiosa observação sobre o vale transporte. Trabalhadores que tem bicicleta, podem receber o tal vale, mas não podem negociá-lo, pelo menos não legalmente. E, em breve, não poderá fazer sequer isso, pois será informatizado na forma de um cartão.

Pois bem, se a idéia é o transporte do trabalhador, por que não permitir que este vale seja utilizado para comprar uma boa bicicleta ou até mesmo uma moto de pequena cilindrada ou elétrica? Vale transporte, como muita coisa nestepaís, não foi criado pensando no trabalhador...

Mas a idéia da divisão é interessante. Afinal, uma coisa é transporte, outra é diversão.

E por falar nisso, quando sai a passeata para criticar o juiz que atropelou o banana boat e praticamente deixou uma criança aleijada?

nedelande disse...

Falta massa crítica, PoPa