Estavamos discutindo, o Cineman e eu, sobre o atropelamento de ciclistas em Porto Alegre. O Cineman, sempre fazendo suas ligações com o cinema, já havia feito uma postagem onde comparava o fato ao filme Um Dia de Fúria e agora aprofundava um pouco mais o assunto.
"- Estamos colocando a bicicleta no centro da discussão quando o ponto não é esse. O ponto central é o dia de fúria do atropelador. Aliás, dia de fúria que temos que nos controlar todo o dia para não ter um. É um papeleiro com uma montanha de sacos de lixo trancando a passagem enquanto ele, cuidadosamente, explora as minas de lixo na vizinhança..."
"- É uma carroça, as 6 horas da tarde, atravessando a ponte do Guaiba na maior tranquilidade"
"- Agora os pescadores de Rio Grande trancaram a estrada protestando contra a proibição do uso da rede de arrastão."
"- Um absurdo, porque a tal rede acaba com tudo, mas tudo bem, os caras protestam"
"- Exatamente. Se em qualquer situação destas surgisse um dia de fúria, seria exatamente isto, um dia de fúria. Os papeleiros, carroceiros, pescadores e nossos ciclistas foram apenas o estopim do dia de fúria. E a lição que fica, com tudo que possivelmente vai acontecer com este cara, não é fazer ciclovias, nem vias especiais para carroças e papeleiros, é apenas cuidarmos melhor de nós mesmos e, desta forma, impedir que surjam nossos dias de fúria."
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