segunda-feira, abril 28, 2008

NIP/TUCK


Assisti tres temporadas do Nip Tuck.. na ordem inversa. A primeira temporada foi a última que assisti. Ficou meio estranho mas depois me lembrei que era exatamente o que faziamos nas sessões de domingo. Por uma razão ou por outra a gente acabava entrando no cinema quando o filme já tinha começado. Dez, vinte minutos de filme. Assistiamos até o fim e depois esperavamos a segunda sessão para assistir o inicio. Muita gente fazia isto. A gente transformava qualquer bang bang em cinema francês.
A primeira vista Nip Tuck parece ser uma série comum e por isto não é das mais comentadas. Mas ela é muito interessante. Dois cirurgiões plásticos, Sean Mcnamara e Christian Troy, companheiros de escola, se reunem para montar a maior clínica de cirurgia plástica de Miami. Mcnamara é o garoto prodígio, altamente competente, e Christian Troy é o encarregado do relacionamento. Solteiro, bonitão, um chamariz para a clínica. Macnamara tem familia, mulher e dois filhos. A série passa a impressão inicial de que é leve, lidando com suave ironia com a vaidade das pessoas, mas em seguida vemos que não é nada disto. Ao lado das situações relativamente tranquilas vão surgindo os traficantes, os serial killers e outros personagens mais comuns às séries policiais. Discussões interessantes sobre ética, sobre os limites da cirurgia plástica emodurados por operações explicitas de correção de nariz com marteladas que doem na alma, lipoaspirações com quilos de gordura circulando pelos tubos de drenagem e muito silicone para atender o supremo desejo americano. Já no piloto eles são obrigados a se desfazer de um corpo indesejável servindo-o, amarrado a quilos de presunto, à um faminto, mas seletivo, crocodilo. As surpresas se sucedem. O fim da primeira temporada é hilário. Recomendo para todo mundo. Devido ao excesso de cenas eróticas o Ministério da Censura Prévia adverte para retirar as crianças da sala.
Até a próxima postagem

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