UMA ESTRANHA FAMILIA (Winter Passing)

Uma Estranha Familia é um filme que vocês não vão encontrar em muitas locadoras. É um drama que lida com problemas como depressão, alcoolismo e auto destruição que não são assuntos que nós estamos dispostos a ver em nossos momentos de lazer. Mas, dizem alguns, cinema não é só diversão. Acho que, deste ponto de vista, Uma Estranha Familia é um belo filme para se assistir.
O personagem principal é Reese Holden (Zooey Deschanel) uma jovem de vinte e poucos anos que tem o carma de ser filha de dois brilhantes novelistas. Reese é uma atriz de teatro de vanguarda que sobrevive trabalhando como garçonete em Nova York. Mora sozinha com um gato que encontrou na rua e que tem leucemia, alterna ocasionalmente seus parceiros de cama, é viciada em cocaina e tremendamente deprimida. A oportunidade de mudança surge quando uma desconhecida jornalista lhe faz uma proposta - cem mil dólares pelas cartas de amor dos seus famosos pais. Reese de inicio rejeita a proposta. Ela não tem nenhuma intenção de reencontrar seu passado - ela não foi nem ao enterro da mãe poucos meses antes. Mas cem mil dólares tem um poder de persuasão muito grande. Reese quando finalmente chega a peninsula de Michigan, onde está a casa em que passou sua infância, é barrada na porta desta por um desconhecido, Corbit (Will Ferrell), que lhe exige a apresentação de uma identidade e o signo do zodiaco. Na casa está morando, também, uma jovem inglesa, Shelly, ex-aluna de seu pai na universidade de Yowa. O pai, Don Holder (Ed Harris), estranhamente está morando numa garagem caindo aos pedaços. Reese tem dificuldade em entender as relações do estranho grupo. Corbit é um roqueiro que tem um problema, ele não consegue tocar guitarra e cantar ao mesmo tempo. Mas parece funcionar como um guarda costas de Don. Shelly administra a casa e talvez exerça outras funções não explicitas. Don, fortemente deprimido, tomando uma garrafa de bouborn por dia, tenta escrever alguma coisa numa velha Underwood. Cada parágrafo é extraido com imenso sofrimento, segundo Shelly. Enquanto procura as cartas de amor numa casa onde os livros cobrem as paredes, sobem as escadas, escondem as janelas, Reese vai conhecendo os seus companheiros de casa e vagarosamente entendendo as relações existentes. É um ótimo filme com desempenhos muito bons principalmente de Deschanel, mas com Ed Harris ótimo e Will Ferrell também ótimo num papel completamente diferente do que ele está acostumado.
Até a próxima postagem