quarta-feira, janeiro 03, 2007

OS DEZ MAIS - ÚLTIMO


NO RASTRO DA BALA (RUNNING SCARED)

Como faltava um único filme para os dez mais, foi bastante dificil. Mas resolvi escolher um filme que é apenas cinema, o bom e velho filme de ação. E ação é o que não falta em No Rastro da Bala. A primeira cena é uma lavagem de sangue das mais violentas e explicitas que eu vi no cinema. O diretor, Wayne Kramer, parece estar dizendo: É isto ai, vai continuar ou vai desistir? Wayne Kramer havia feito um filme bem interessante, chamado The Cooler, onde William H. Macy, faz um papel dum personagem que transmite azar e é contratado por um cassino de Vegas para ficar perto dos jogadores que começam a ter muita sorte. Em The Cooler havia tempo para você imaginar a próxima cena e adivinhar para onde o filme estava indo, em No Rastro da Bala, não.
Para não ficar só na violência, há citações. A melhor delas e que estabelece o andamento do filme é que o personagem principal, Joey Gazelle, interpretado por Paul Walker é vizinho de um russo que é apaixonado por John Wayne. Na Russia, este personagem viu centenas de vezes o filme Os Cowboys, mas apenas dez minutos do filme. Nos Estados Unidos ele acaba vendo o filme todo e conhece seu surprendente final - John Wayne, contrariando toda a prática do filme de western, é morto - aí então ele se transforma num homem amargurado que externa esta amargura em maus tratos a mulher e ao filho. Falei em não ficar só na violência? Há muita violência na casa deste russo, também. A estória do filme praticamente começa aqui. Gazelle, sobrevivente do combate do inicio do filme, havia sido encarregado de desaparecer com uma arma que havia sido utilizada para matar um policial. Antes que ele cumpra a missão o filho do vizinho rouba a arma, mata o pai e a partir dai a arma parece ter vida própria, passando de lugar em lugar enquanto Gazelle a procura desesperadamente. Se você não viu este filme e não tem problemas com cenas de violência muito explicita, não perca.

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