A visita de Raul Castro ao Papa Francisco e, principalmente, a troca de regalos - o Papa recebeu um quadro de um pintor cubano homenageando os migrantes - lembrou-me de uma postagem antiga aqui no blog que lembrava um famoso migrante cubano, Antonio Prohias. Aqui vai.
Meu neto descobriu o MAD. Hoje talvez o MAD seja um exemplo típico do politicamente incorreto. Eu gosto do MAD. Fui buscar nas prateleiras velhas algum exemplar remanescente. Encontrei uma raridade, o MAD EXTRA n˚ 1 de 1991. E com os meus favoritos - Spy vs Spy. A coletânea começa com o primeiro cartun dos Spies apresentado à Al Feldstein, editor da MAD, por seu criador, Antonio Prohias.
Antonio Prohias era cubano. Cartunista laureado, fez alguns cartuns do ditador Fulgêncio Batista, o que lhe rendeu alguns problemas. Fidel quando assumiu o poder em 59 elogiou o trabalho de Prohias. Mas cartunista é cartunista. Não tardou que Fidel, agora objeto dos cartuns, passasse a considerar Prohias non grato.
Em 1˚ de maio de 1960, três dias antes do fechamento do último jornal livre de Cuba, Prohias se mandou para os Estados Unidos.
Não falava nada de inglês. Talvez por isto criou os Spies mudos. Levou os primeiros cartuns à revista MAD e o resto é história.
Prohias foi o primeiro colaborador estrangeiro da revista MAD. Dois anos depois, outra lenda, o mexicano Aragonés, era contratado.
Prohias morreu em fevereiro de 1998 mas os Spies continuam muito vivos.
3 comentários:
Durante muito tempo foi a postagem mais acessada no blog e, principalmente, com origem nos Estados Unidos. Cheguei a fazer uma postagem em inglês para facilitar a vida dos imperialistas.
Não se faz mais politicamente incorreto como antes...
Agora é só um festival de baixarias....
Até a MAD, pelo menos a edição nacional, está muito ruim.
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