Prometi um comentário após concluir O HIPNOTISTA. Gostei muito. O casal sueco sabe escrever uma história de suspense. O livro jamais perde o pique. O final, onde muitos bons autores (Dan Brown) as vezes se perdem, é também muito bom.
Lá pelos idos de 50 e 60 a hipnose era moda. Hipnotizadores promoviam espetáculos onde membros da platéia subiam para o palco e faziam coisas muito ridículas. Eu jamais me atrevi a ir num show destes. Mas li muito. O melhor livro é de um português - Manoel Oliveira. Raridade em sebos. Depois o hipnotismo passou a ser usado principalmente por dentistas como substituto da anestesia. Funcionava. Depois desapareceu. Ninguém fala mais em hipnose.
Dai a minha rejeição inicial ao livro, o qual só fui ler um ou dois meses depois de vê-lo pela primeira vez.
A história começa com um policial sueco, Joona Linna, que investiga um terrível assassinato. Uma família inteira foi dizimada. E como. O pai foi assassinado num ginásio. Esquartejado. Braço arrancado, pedaços do corpo jogados por todo lado. Na casa a mulher, filha e filho, igualmente mortos e despedaçados. Mas ai vem a primeira surpresa. O filho de 15 anos, apesar de ter recebido mais de cem facadas, não morreu. Mas está em estado de choque. Não lembra nada. O casal morto tinha outra filha que ninguém sabe onde está. O detetive Linna imagina que o assassino pode estar atras da filha também. Como descobrir onde ela está? Neste momento Linna tem a idéia de utilizar a hipnose para tirar alguma coisa do garoto em estado de choque. O maior nome em hipnose na Suécia é Dr. Erik Maria Bark. O Dr. Bark abandonou a hipnose há muito tempo por razões que vão sendo apresentadas aos poucos no livro. Dr. Bark a principio recusa mas depois é convencido pelos argumentos do policial Linna.
A partir dai é impossível deixar o livro de lado. A cada capítulo uma virada.
"Joona se desculpou. Várias vezes. Depois, sobretudo para ser educado, perguntou o que havia acontecido em Tumba.
Lillemor descreveu a cena que Erland Björkander relatara: poças e trilhas de sangue, vestígios sangrentos de mãos e pés, corpos e pedaços de corpos, facas e talheres jogados no chão da cozinha. Contou que Anders Ek, que ela supunha ter sido morto.... O assassino começara a cortar o corpo em pedaços; uma faca de caça e um braço arrancado haviam sido encontrados nos chuveiros do vestiário."
Isto na página 25, depois fica pior.
Até a próxima postagem
ENTREVISTA COM LARS KEPLER
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